Os cuidados com a desidratação no verão

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Você sabia que a desidratação pode causar complicações sérias, como convulsões, insuficiência renal e queda no volume de sangue?

É justamente no calor do verão que precisamos prestar atenção à ingestão de líquidos para evitar um problema muito comum nessa estação do ano, a desidratação, que é a perda da água do corpo, incluindo eletrólitos vitais como sódio, cloreto e potássio. 

Necessitamos de água para funções importantes, como a regulagem da temperatura do corpo, a manutenção da saúde da pele e das articulações, a digestão dos alimentos, a remoção de resíduos e para auxiliar o cérebro a trabalhar em sua melhor forma.

Mesmo se forem completamente saudáveis, pessoas de todas as idades estão sujeitas a um quadro de desidratação, mas bebês, crianças e idosos estão especialmente propensas a esse risco.

A desidratação se torna uma preocupação quando uma pessoa perde apenas 3% da água do corpo.

Para um bebê de 2,25 kg isso se traduz em apenas 236,5 ml (cerca de um copo de água pequeno), portanto, a desidratação pode acontecer rapidamente.

Quando se trata de adultos idosos, eles podem ter um baixo volume de fluidos por vários motivos diferentes. Um deles é que a sensação de sede se torna menos aguçada com a idade. Eles podem simplesmente se esquecer de tomar água e nem perceber que não beberam líquido suficiente.

Existem outras causas de desidratação, como, por exemplo: tomar medicações como diuréticos, que acabam desidratando a pessoa, ou evitar beber líquidos suficientes simplesmente para reduzir as idas frequentes ao banheiro.

Atenção aos sintomas da desidratação no verão

A maioria das pessoas pode se tornar irritáveis e letárgicas, se estiverem desidratadas. Mas, os sintomas podem variar de idade para idade.

Os adultos podem apresentar tontura ou sentir sede, dor de cabeça, constipação ou pele seca, e a urina, que geralmente seria transparente ou de cor amarela muito clara, pode ser mais escura e concentrada do que o normal.

Bebês podem não produzir lágrimas, ter a boca seca ou uma febre de baixo grau, e podem parar de molhar as fraldas. Como os bebês são afetados rapidamente pela perda de fluidos, é fundamental ligar para o pediatra, assim que suspeitar de uma desidratação, para saber como proceder.

Como prevenir a desidratação

Caso as evidências apontem para a desidratação, um bom começo é a ingestão de um copo de água, mas também é possível e fundamental prosseguir com uma solução de reidratação oral.

Quando perdemos fluido devido ao suor, ao calor, à diarreia e ao vômito, os corpos também perdem eletrólitos, isto é, sódio, potássio e cloreto, necessários para manter o equilíbrio de fluidos e manter o sistema nervoso e músculos funcionando de forma adequada. A reidratação oral pode ajudar a restaurar estes eletrólitos perdidos.

Não se deve usar isotônicos, refrigerantes, sucos industrializados ou energéticos para reidratação, por apresentarem osmolaridade e conteúdo de sódio inadequados para a reposição hidroeletrolítica.

Também é de suma importância saber que a hidratação não se trata apenas do que bebemos e que os alimentos somam aproximadamente 20% da ingestão diária de água. Sendo assim, opte por alimentos ricos em água como frutas, vegetais, aveia, sopa, iogurte entre outros.

Cuidados redobrados no verão

Temperaturas elevadas aumentam casos de desidratação, e quem mais sofre com isso são especialmente as crianças e os idosos. 

Diariamente, o organismo perde água, sais minerais e líquidos orgânicos por meio de fezes, urina e suor. A desidratação acontece quando o corpo perde mais líquidos do que o ingerido e passa a ter dificuldades para realizar suas funções rotineiras.

Crescem também o número de internações por desidratação no período do verão.

É importante ficar atento aos fatores que levam à desidratação.

  • Diarreia 
  • Vômitos 
  • Sudorese excessiva 
  • Elevação da temperatura corporal, como febre ou queimaduras
  • Diabetes, principalmente quando há poliúria – frequência na eliminação da urina
  • Baixa ingestão de líquidos
  • Exposição prolongada à luz solar

A desidratação pode ser classificada em três graus de gravidade: leve, moderada e grave

O primeiro sintoma é a sede excessiva, seguida por boca, pele e mucosas secas; fraqueza; olhos fundos; ausência ou produção mínima de lágrimas; ausência de sudorese; dor de cabeça; sonolência; cansaço; aumento da frequência cardíaca; tonturas; diminuição da urina ou urina com coloração escura, densa e mais concentrada. A urina é um dos parâmetros para ver o grau de desidratação por meio de sua coloração. 

Já nos casos de desidratação grave, podemos observar também a perda de consciência, coma, queda da pressão arterial, convulsões, mau funcionamento dos rins e do coração, falência de órgãos ou até mesmo a morte.

O verão e a desidratação

Você sabia que os seres humanos perdem, em média, 2,5 litros de água por dia e com o aumento da temperatura, que geralmente acontece na estação mais quente do ano, os casos de desidratação tendem a aumentar? Então fique ligado, pois, com o calor elevado, é preciso compensar as perdas de água e sais minerais decorrentes da transpiração excessiva.

O aumento da exposição à luz solar e da sudorese favorece os casos de desidratação. Nos dias quentes, as pessoas que utilizam a água para se refrescar, como piscina, banho de mar, etc., acabam por ingerir menos líquidos com a diminuição da sensação de calor e isto pode contribuir para a desidratação, visto que a sudorese também ocorre durante estes banhos.

A ingestão de líquidos deve ser frequente, sem esperar que a sede apareça, já que isto significa que o corpo já se encontra desidratado. As melhores opções de consumo para não sofrer com a desidratação são, em primeiro lugar, a água, seguida por sucos naturais, verduras, frutas, legumes, chás e água de coco. Ficar exposto ao sol por longos períodos também é prejudicial nas causas da desidratação, além dos riscos de desenvolver câncer de pele.

Fatores de risco e prevenção

A sensação de sede é o principal indício de que o corpo precisa repor água, mas crianças e idosos não costumam sentir sede, ou acabam se esquecendo de beber água ou então não têm facilidade de acesso ao líquido.

Não dizer que estão com sede faz parte da rotina diária das crianças e dos bebês, por isso, acabam sendo muito afetados pelos sintomas da desidratação

É muito importante que os pais ofereçam água para as crianças e os bebês em intervalos regulares. Já no caso dos idosos, eles precisam manter um copo com água sempre ao lado, já que eles não têm tanta percepção de sede e possuem uma reserva menor de líquidos no organismo. 

A desidratação também pode ocorrer em pessoas com doenças crônicas, como diabetes e insuficiência cardíaca e que vivam em grandes altitudes ou trabalhem e se exercitem em ambientes quentes e úmidos. 

Beber cerca de dois litros de água por dia, usar roupas leves, não se expor ao sol em horários inadequados, não praticar exercícios físicos nos horários mais quentes, manter as mãos bem higienizadas e lavar bem os alimentos são alguns dos cuidados para prevenir casos de desidratação.

O correto é evitar a prática de atividade física com exposição solar das 10h às 15h, pois é o período de maior incidência de raios ultravioleta e o mais quente. Evitar o consumo de álcool durante os dias quentes também é recomendável, pois essa substância aumenta a perda de líquidos pela urina.

Como tratar o problema

Para tratar a desidratação, os acometidos contam com várias estratégias. Em estágio leve, a ingestão de água é suficiente para acabar com o problema, mas em situações mais graves, são necessários outros artifícios.

Em casos leves ou moderados, é necessária a ingestão de água em pequenas quantidades e intervalos curtos, estar em um ambiente com temperatura adequada para evitar a perda de água pelo suor, fazer uso de soro oral, podendo ser o industrializado ou o caseiro (um litro de água filtrada, uma colher rasa de chá de sal e duas colheres rasas de açúcar), e beber água de coco e, em casos mais graves, se faz necessária a administração de hidratação intravenosa.
Em suma, hidrate-se devidamente e curta o verão e não a desidratação!

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