Crise de ansiedade: saiba como lidar

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crise de ansiedade ou acesso de pânico é o momento em que os sintomas da ansiedade se manifestam de forma brusca e aguda, caracterizados principalmente por taquicardia, respiração irregular, medo e tremores no corpo.

Muitas vezes, as pessoas que sofrem de crise de ansiedade já possuem um histórico de ansiedade que se espalhou ou síndrome do pânico, resultando no descontrole das emoções e da respiração diante de alguma situação de estresse ou traumática.

Ansiedade é um termo frequentemente usado para vários momentos que causam nervosismo, medo, apreensão e preocupação. É uma reposta a uma ação que todo indivíduo experimenta diante de algumas situações do dia a dia, como falar em público, expectativa para datas importantes, entrevistas de emprego, vésperas de provas, exames de saúde entre outras.

No entanto, algumas pessoas vivenciam esta reação de forma mais frequente e intensa, que pode ser considerada patológica e comprometer a saúde emocional.

Como detectar o momento em que a ansiedade normal ultrapassa os limites e vira um transtorno?  

De modo geral, pessoas ansiosas têm problemas para dormir, pois não conseguem relaxar. As relações sociais também são afetadas, porque ambientes cheios costumam ser incômodos para essas pessoas. A ansiedade pode estar associada à depressão.

Quando ela se torna doença é uma ansiedade inapropriada, que causa sofrimento e desajustes nas relações sociais, familiares e de trabalho. De maneira geral toda patologia psiquiátrica é multifatorial, não tendo apenas uma causa, mas combina a predisposição com uma situação desencadeante ou estressante. A predisposição pode estar relacionada a um fator genético e hereditário ou a experiências ao longo da vida.

Ansiedade e Medo

Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura.

O medo é frequentemente associado a períodos de excitabilidade aumentada, necessária para luta ou fuga, pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga. Os ataques de pânico se destacam dentro dos transtornos de ansiedade como um tipo particular de resposta ao medo.

Já a ansiedade é mais frequentemente associada a tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos de cautela ou fuga.

Veja os principais comportamentos que podem estar relacionados a transtornos de ansiedade, e merecem atenção:

1 – Enxergar perigo em tudo

Indivíduos com transtornos de ansiedade em geral superestimam o perigo nas situações que temem ou evitam. O medo ou a ansiedade são excessivos ou fora de proporção.

2 – Assaltar a geladeira ou descontar a preocupação no docinho

Comer indiscriminadamente, sem fome, por ansiedade, estresse ou outra emoção negativa é um sinal de alerta. E cuidado, esta atitude também pode desencadear a chamada compulsão alimentar.

3 – Alterações de sono

Sentem dificuldade para dormir ou têm insônia em vésperas de reuniões importantes e eventos. Não conseguem se desligar do que fizeram ao longo do dia no trabalho e passam a noite processando o que farão no dia seguinte. Algumas vezes, chegam a sonhar e despertar pensando em soluções possíveis para determinada questão.

 4 – Tensão muscular

Estão sempre com dores nas costas, ombros e nuca. Essa tensão muscular, quase constante, geralmente acompanha os transtornos de ansiedade. Quanto maior a preocupação e o desânimo, maior a possibilidade de transferir as tensões para a região cervical. 

 5 – Ter medo de falar em público

Só de pensar na necessidade de realizar uma apresentação para uma plateia, sinais como sudorese excessiva, mãos geladas, taquicardia, falta de ar e respiração ofegante aparecem.

6 – Preocupar-se em excesso

Estão sempre preocupados com o futuro. Ainda mais em épocas de crise econômica, é comum ver pessoas preocupadas com a manutenção do emprego. A preocupação excessiva é uma fonte direta de dores de cabeça, úlceras, ansiedade e estresse, podendo inclusive afetar o sistema imunológico.

7 – Ficar à beira de um ataque de nervos

Irritabilidade, mudanças de humor repentinas e sem explicação aparente. Pessoas que estão a ponto de entrar em um ataque de nervos, podem passar da euforia ao pranto rapidamente.  

8 – Conviver com medos irracionais

Pânico de ficar sozinho ou de não ser aceito, medos de estar perdendo alguma coisa, de não ser bom o suficiente, medo do fracasso. O excesso de medo pode comprometer a segurança nas relações pessoais, seja no trabalho ou na família.

9 – Apresentar inquietação constante

Dificuldade de concentração, inquietação e fadiga.

10 – Sofrer com sintomas físicos

Nos momentos de ansiedade, podem surgir sintomas físicos como tremores, cansaço fácil, sensação de falta de ar ou asfixia, coração acelerado, suor excessivo, mãos frias e suadas, boca seca, tontura, náuseas, diarreia, desconforto abdominal, ondas de calor, calafrios, micção frequente, dificuldade para engolir, sensação de engasgo, entre outros.

11 – Pensamento obsessivo

O pensamento obsessivo é uma incapacidade de ganhar controle sobre pensamentos e imagens, angustiantes e recorrentes.

12 – Perfeccionismo

Como a perfeição é algo praticamente impossível de se atingir, pessoas perfeccionistas acabam sofrendo com a ansiedade por não conseguir atingir o objetivo estabelecido.

13 -Problemas digestivos

Um sistema muito afetado pelo estresse e ansiedade é o gastrointestinal. Dores, má digestão, mal-estar no abdômen, diarreia e azia são alguns desses sinais que podem causar incômodo. Ansiedade excessiva e estresse agudo podem alterar as funções gastrointestinais por meio do sistema nervoso. Como consequência dessas alterações podem surgir úlceras, gastrites, doenças inflamatórias, refluxo gastroesofágico e síndrome do intestino irritável.

O que fazer para controlar a crise de ansiedade?

Para quem passa por ataques frequentes ou convive com pessoas que têm episódios de crise, é fundamental conhecer formas de aliviar os sintomas e acalmar o paciente até que ela se dissipe. Seguem algumas orientações que podem ajudar nesse sentido:

1. Desvie a atenção dos sintomas

Um dos principais motivos para que a crise de ansiedade se torne mais intensa é começar a se preocupar ainda mais ao pensar nos sintomas que estão surgindo. É fundamental desviar a atenção dos sintomas e focar em uma atividade específica, como o controle da respiração.

2. Diminua o ritmo da respiração

Durante uma crise, começamos a respirar rápido demais, causando hiperventilação. Nesses casos, é primordial inspirar e expirar lenta e profundamente, a fim de diminuir o estresse e fornecer mais oxigênio ao cérebro, aumentando a concentração.

3. Relaxe os músculos

Depois que a respiração estiver controlada, procure iniciar o processo de relaxamento muscular. Volte a sua atenção para os músculos, relaxando um por vez a partir da expiração. Comece com a cabeça e o pescoço e passe para as áreas mais afetadas pelo estresse, como o maxilar, boca, nuca e ombros.

4. Distraia-se

Se estiver com alguém conhecido, tente começar uma conversa e prestar atenção somente nela. Se estiver sozinho, tente contar de 1 a 10 repetidas vezes, cantar uma música, recitar uma história, fazer listas ou qualquer outra atividade mental que te tire do problema.

5. Use a imaginação guiada

Pense em um lugar que você se sinta em paz e relaxado. Enquanto pensa nesse lugar, continue adicionando detalhes à cena. Foque toda a sua mente no campo da imaginação. Esse tipo de atividade é muito eficiente para desligar sua mente dos sintomas da ansiedade e acalmar a respiração.

Conheça os tipos mais comuns de transtornos de ansiedade

Os principais tipos são:

1) Transtorno de ansiedade de separação

O transtorno de ansiedade de separação das figuras de apego pode causar pesadelos, sintomas físicos de sofrimento e ocorre predominantemente na infância, embora possa ser expresso também na vida adulta.

2) Fobia específica

São pessoas apreensivas, ansiosas e que se esquivam de objetos ou situações circunscritas como medo de animais, ambiente natural, sangue, injeções, ferimentos, aranhas, voar, altura, entre outros.

4) Fobia social

No transtorno de ansiedade social, também conhecido como fobia social, a pessoa é temerosa, ansiosa ou se esquiva de situações sociais que envolvem a possibilidade de ser avaliado. Teme ser avaliado negativamente pelos demais, ficar embaraçado, ser humilhado ou rejeitado.

5) Agorafobia

As pessoas são apreensivas e ansiosas acerca de utilizar transporte público, estar em espaços abertos, estar fora de casa sozinho.

6) Transtorno de pânico

A pessoa que tem esse problema, sofre ataques de pânico inesperados e frequentes, causando medo de morrer acompanhado de manifestações neurovegetavivas como palpitação, sudorese, tremor, tontura, náuseas e diarreia, fazendo com que a pessoa se sinta sempre apreensiva ou preocupada com a probabilidade de sofrer novos ataques. Isso faz com que ela evite circunstâncias ou locais que possam ser um estímulo para desencadear as crises.

7) Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)

Ansiedade e preocupação persistente e excessiva acerca de vários domínios, incluindo desempenho no trabalho e escolar, além disso, são experimentados sintomas físicos que incluem: inquietação ou sensação de ”nervos à flor da pele”, tendência para se cansar, enfraquecimento muscular, dificuldade de concentração ou esquecimentos, irritabilidade, tensão muscular e perturbações do sono.

8) Transtorno de ansiedade induzido por substâncias/medicamentos

Envolve ansiedade devido à intoxicação ou abstinência de substâncias químicas ou tratamento medicamentoso. Este transtorno normalmente está relacionado ao uso de cafeína, álcool, maconha, sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, anfetamina e cocaína.

9) Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Esse quadro é caracterizado por pensamentos, impulsos ou imagens recorrentes e persistentes (obsessões) e comportamentos repetitivos ou atos mentais conscientes, padronizados e recorrentes, que consistem na tentativa de reduzir a ansiedade associada à obsessão (compulsões).

10) Transtorno dismórfico corporal

A pessoa manifesta preocupação com um ou mais defeitos ou falhas de sua aparência física. Diante disso, a pessoa executa comportamentos repetitivos como se verificar repetidamente no espelho, se arrumar excessivamente, beliscar a pele ou comparar sua aparência com a de outras pessoas.

11) Transtorno de acumulação

A pessoa sente um intenso sofrimento diante da possibilidade de descartar ou desfazer de pertences, independentemente de seu valor.

12) Tricotilomania

Ato de arrancar os cabelos que pode causar sofrimento e prejuízos significativos nos aspectos da vida social e profissional da pessoa.

13) Transtorno de escoriação

Trata-se de beliscar a pele de forma recorrente, o que acaba por provocar lesões.

14) Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)

Esse transtorno de ansiedade é desencadeado após a exposição a um evento que tenha ameaçado a integridade da pessoa que pode ser um assalto, sequestro, presenciar desastres naturais, acidentes, entre outros. Mesmo após o episódio, a ansiedade da pessoa permanece e ela pode reviver a situação, o chamado flashback, e ficar ansiosa com qualquer coisa que lembre o trauma.

15) Transtorno misto ansioso e depressivo (TMAD)

Nesse caso, estão incluídos tanto os sintomas de depressão quanto de ansiedade.

O que a crise de ansiedade pode causar?

Uma das principais causas pelas quais alguém entra em pânico durante as crises de ansiedade é o medo que produz o desconhecimento dos próprios sintomas.

Existem diversas causas que, sozinhas ou combinadas, podem vir a desencadear o transtorno de ansiedade. É comum o paciente alternar entre quadros de ansiedade e quadros de depressão, pois uma condição pode gerar a outra.

Os efeitos colaterais que a ansiedade pode causar são muito ruins. Geralmente, pessoas ansiosas têm problemas para dormir, pois não conseguem relaxar. A ansiedade pode estar associada à depressão.

Fatores que podem desencadear transtorno de ansiedade

Não se sabe ao certo as causas de ansiedade, mas há fatores que podem influenciar uma pessoa a desenvolver ou estar mais predisposta a esse sentimento:

  • Genética: histórico de transtorno de ansiedade na família;
  • Traumas passados: como perda de um ente e acidentes marcantes;
  • Problemas na infância;
  • Doenças físicas;
  • Problemas cardíacos como as arritmias;
  • Doenças hormonais como hipertireoidismo e hiperadrenocorticismo;
  • Problemas respiratórios como doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • Dores físicas crônicas;
  • Abuso de drogas, álcool ou medicação, como os benzodiazepínicos.

Em suma, a ansiedade é uma sensação que todo indivíduo pode ter diante de diversas circunstâncias. Tudo depende da forma como reagimos ou como compreendemos essa sensação em nós mesmos.

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