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FODMAP equivale a uma sigla em inglês e sua tradução é: Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis fermentáveis.
Esses componentes são nada mais nada menos que carboidratos comuns na nossa alimentação que podem ser fermentados pelos micro-organismos presentes no nosso intestino.
Esses carboidratos possuem o poder de atrair água para si mesmo, aumentando o grau osmótico e provocando formação de gases e desconfortos abdominais tais como:
- Inchaço abdominal
- Flatulência excessiva
- Diarreia ou constipação
Esses sintomas são bem comuns em pessoas que sofrem de problemas gastrointestinais (GI) ou que então são diagnosticadas com a Síndrome do Intestino Irritável (SII).
Como funciona a dieta FODMAP?
A dieta FODMAP fundamenta-se em um ritual com duas etapas de praxe.
1ª) São retirados os alimentos com alto teor de FODMAP’s
2ª) Após um período de 4 a 8 semanas sem os determinados alimentos, eles serão reintroduzidos gradativamente na dieta novamente.
No espaço de tempo em que ocorre a exclusão dos alimentos, nota-se a melhora dos sintomas de desconforto abdominal e a fase de reintrodução tem o objetivo de melhorar a percepção da pessoa em relação aos alimentos que realmente lhe fazem mal. Por isso, a importância de reintroduzir um alimento por vez.
Quais são os alimentos com alto teor de FODMAP
Ao contrário do que muitos acreditam, alimentos saudáveis também possuem teor elevado de FODMAP. Por isso, atualmente podemos encontrar aplicativos em smartphones que disponibilizam listas sobre o teor de cada alimento.
As listas disponibilizadas a seguir trazem os alimentos com alto (hight) e baixo (low) teor de FODMAP com base nas informações divulgadas pela Federação Brasileira de Gastroenterologia e Equipe de Suporte de Nutrição GI da Universidade de Virginia.
Alimentos reconhecidos como “Hight FODMAP” e que geralmente são excluídos da alimentação na primeira etapa da dieta:
- Maçã, melancia, pera, pêssego, abacate, frutas secas, caqui, manga e ameixa
- Alcachofra, aspargos, cebola, alho, brócolis, beterraba, repolho, couve-flor, pimentão verde, cogumelo, quiabo e milho
- Feijão, grão de bico, soja e outras e outras leguminosas
- Pães e massas à base de centeio e trigo
- Agave, mel, sorbitol (glucitol), xilitol (adoçante natural), manitol e maltitol (adoçante)
- Leite e derivados
- Refrigerantes, suco de frutas (principalmente ricas em FODMAP), cidra de maçã, café instantâneo, chá de camomila e erva doce
- Castanha de caju e pistache
- Carnes processadas
Alimentos “Low FODMAP” (baixo teor/pobres em FODMAP)
- Banana, amora, uva, abacaxi, kiwi, limão, lima, laranja, tangerina, morango e maracujá
- Broto de bambu, cenoura, aipo, berinjela, rabanete, couve, nabo, alface, cebolinha, vagem, pepino, abóbora, abobrinha, espinafre, batata, batata doce
- Farinhas, pães, macarrão e biscoitos sem glúten
- Quinoa, arroz, macarrão de arroz, polenta
- Açúcar mascavo e estévia
- Sementes de abóbora, gergelim e girassol
- Café coado e expresso, chá verde, preto e de hortelã
- Leite e iogurte sem lactose, leite de arroz ou amêndoa, manteiga e queijos curados, como cheddar, parmesão, brie ou camembert.
Aqueles denominados como “Low FODMAP” podem ser consumidos livremente na dieta e os “Moderate FOMAP” devem ser consumidos com moderação.
Suplementos na dieta livre de FODMAP’s:
As enzimas digestivas podem ser introduzidas durante o tratamento, pois facilitam a digestão dos alimentos e diminuem desconfortos gástricos.
A microbiota intestinal pode ser afetada pela mudança na dieta, principalmente para quem segue por longos períodos, dessa maneira, a suplementação de probióticos pode ser eficaz para aumentar as bactérias benéficas e, como resultado, diminuir as bactérias que podem causar doenças, além disso, pode auxiliar na melhora dos sintomas.
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Quem pode fazer a dieta fodmap?
A dieta é destinada especificamente a pessoas que sofrem de problemas gastrointestinais, síndrome do intestino irritável ou que apresentam sintomas semelhantes a essas doenças.
Essa dieta não tem como objetivo o emagrecimento. Procure um médico e nutricionista para que sejam retirados os alimentos certos de sua alimentação e equilibre seu plano alimentar de acordo com suas necessidades energéticas.
O intestino é considerado nosso segundo cérebro. Você sabia disso?
É no intestino que as bactérias denominadas lactobacilos vivem. Esses lactobacilos correspondem a trilhões de células e são responsáveis por metabolizar nutrientes, defender o nosso corpo de bactérias ruins e manter o nosso intestino saudável.
Esses mesmos micro-organismos sintetizam substâncias importantes como a serotonina, um neurotransmissor que ajuda no controle do humor. Cerca de 90% da serotonina é produzida no intestino, e não no cérebro como se achava.
Essas descobertas levaram os cientistas a estudarem o que chamamos de eixo intestino-cérebro.
Quando o intestino sofre, a produção desses neurotransmissores reduz e a pessoa fica irritada, mal-humorada, ansiosa etc. Por isso, quando o intestino está bem, todo corpo funciona bem também.
Cuide bem de seu intestino e viva uma vida feliz e saudável!
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