Entenda como o coronavírus afeta a relação sexual

Pelo que se sabe até agora, a covid-19 não é transmitida exatamente pelo ato sexual em si. Não há evidências, por exemplo, da presença do vírus no sêmen ou na secreção vaginal. Porém, como nessas relações há proximidade física e possibilidade de contato com secreções respiratórias, a transmissão pode acontecer facilmente.

Portanto, pessoas com a suspeita do vírus não devem ter relação próxima com outras saudáveis. Por outro lado, parceiros sexuais que não apresentam nenhum sintoma, que estão respeitando o isolamento em casa sem nenhuma provável exposição, podem ter relações íntimas sem problemas.

No entanto, se um deles desenvolver sintomas, o ideal é afastar-se do outro, até que os sintomas melhorem completamente, por pelo menos uma semana.

O que muda na relação sexual durante a quarentena?

De modo geral pouca coisa muda, porque o cuidado com a relação sexual se mantém com ou sem o coronavírus.

A questão fundamental é quando um dos parceiros se encontra na faixa de risco (acima de 60 anos, pessoas cardíacas, diabéticas e problemas respiratórios, por exemplo), devem ter um cuidado redobrado.

Se o outro parceiro for mais jovem e estiver exposto, o recomendado é o isolamento até que fique comprovado que essa pessoa não está com o vírus.

Porém, se o casal apresentar riscos iguais, por exemplo, idosos que estão isolados ou até mesmo jovens, não se recomenda nenhum tipo de restrição sexual.

Muitas famílias estão, voluntariamente, como uma questão de precaução, se separando fisicamente dos seus companheiros para que eles não sejam afetados pela doença. Isso não é uma questão obrigatória e sim da consciência da pessoa. Caso nenhum dos parceiros estejam em risco ou expostos nada muda.

O confinamento pode gerar uma crise entre os casais, por causa do estresse, muita pressão e incerteza, também tem a questão de dificuldade de espaço físico, de mudança de rotina o que impacta na a saúde mental e na saúde sexual do casal.

Quais fatores mais influenciam no sexo durante a pandemia?

Os grandes fatores são o estresse e a mudança da rotina que por conta do confinamento domiciliar acabam alterando e por conta da situação acaba gerando diversas preocupações como o medo da sua parceira estar com o vírus e o medo relacionado ao trabalho.

Como as pessoas ficam muito ansiosas, podem surgir uma paranoia com relação a limpeza e higiene e provavelmente vão desenvolver um comportamento obsessivo compulsivo e isso vai afastando o casal.

Em situações de crises ou medos, o homem acaba tendo uma queda de testosterona e a libido diminui e a vontade de ter relação sexual também.

Neste período de pandemia, caso o homem esteja enfrentando problemas de disfunção erétil, é normal e não precisa criar outro tipo de desespero ou ficar mais estressado por isso.

O estresse prejudica o desempenho masculino já que leva a uma produção abundante de adrenalina, que aumenta a contração muscular diminuindo a fluência e o fluxo de sangue no pênis ocasionando uma dificuldade maior para ter uma boa ereção. O ideal é ficar tranquilo e ir tentando outras vezes. Mas, caso o problema vire rotina, é importante consultar um urologista.

Dicas de como não atrapalhar o desempenho sexual no período de pandemia

• A primeira dica é não ingerir muita bebida alcoólica antes da relação sexual. Depois de uma certa dose, a bebida alcoólica tem um efeito ruim para o desempenho sexual e o homem passa a ter dificuldades no desempenho e a relação pode não acontecer.

• Segunda dica é buscar um clima de privacidade e relaxamento.

• Terceira dica é tomar todos os cuidados que são universais em relação ao controle da fertilidade. Porque nesse momento de isolamento e sem poder sair de casa, pode acontecer uma gravidez indesejada.

É seguro fazer sexo durante o surto do coronavírus?

O isolamento social provocado pelo surto de covid-19 em todo o mundo distanciou casais e deixou solteiros sem seus parceiros e ficantes. Isso por cuidado e medo de contágio do novo coronavírus, deixando no ar a pergunta: é seguro fazer sexo na quarentena?

O atual momento conta com repetidos alertas sobre os cuidados com higiene e contato entre as pessoas. No entanto, com exceção da saliva, ainda não se chegou à conclusão sobre o contágio através de excreções como sêmen, lubrificação vaginal, urina ou fezes.

Nesse impasse, recomenda-se o sexo virtual para as pessoas exercitarem a sexualidade.

A masturbação, onde ousadia e sensualidade comandam a excitação na tela de acesso, será sempre uma opção bem-vinda, seja em que tempo for. Estimula a sensualidade, explora as opções de orgasmo, o fetiche, a liberdade de ousar no comando do prazer, aumenta o autoconhecimento e o conhecimento do que leva o outro ao delírio.

Muitas pessoas têm utilizado filmes para relaxar durante a pandemia, e colocar um filme mais ousado também pode ajudar neste tempo longe de parceiros sexuais. Escolha um filme mais ousado e deixe o corpo surpreender, vocês são os personagens, os limites de si mesmos, brinque com o prazer até que o orgasmo aconteça e aquele relaxamento intenso e maravilhoso os faça dormir.

Fique atento, pois mesmo que a parceira ou o parceiro estejam em casa e use camisinha, o risco de contágio ainda existe.

O que é indispensável é fazer do exercício da sexualidade um momento de vida, de prazer, de autoconhecimento, um gostoso desafio onde as tensões do dia possam ser liberadas e superadas. Sexo é isso, saber receber e saber dar prazer, sem ficarem presos a limites, às repetições, às restrições que limitam o prazer, porque te impedem de exercer a sexualidade como um importante referencial de saúde física e mental.

Por fim, saiba que o sexo, independente do período, pode se tornar um momento de prazer e autoconhecimento.

Como posso manter um relacionamento em um momento como este? Não quero ficar solteiro agora.

Essa pandemia está levando muitas pessoas a repensar o que é uma boa vida sexual e o que constitui uma troca agradável e prazerosa.

Há casais escrevendo histórias eróticas, pessoas que estão namorando, mas também se conhecendo durante essa quarentena, estando em lugares diferentes e aproveitando o tempo e a distância.

Muitas pessoas se tornaram criativas. O fundamental é usar a imaginação. Existem muitas maneiras de se divertir sem ficar cara a cara com alguém.

Também é importante lembrar que, neste momento, algumas pessoas podem estar descobrindo que elas ou seus parceiros têm libidos diferentes.

Você pode se encontrar em uma situação em que anteriormente só tinha um encontro por semana e de repente se vê vivendo sob o mesmo teto.

Você pode descobrir que deseja sexo quando seu parceiro não quiser ou vice-versa. É importante comunicar isso de maneira respeitosa e compreensiva. Viver juntos não significa que você tem o direito de fazer sexo quando quiser.

E para quem se encontra em uma relação sentimental, mas não está confortável – porque se sente forçado a fazer sexo – existem canais de ajuda disponíveis para isso.

Comportamento sexual reflete emoções

Se a quarentena pode dar tesão, ela pode também tirar debaixo do tapete um monte de questões mal resolvidas do casal. Uma delas é justamente a insatisfação com a vida sexual.

De modo geral, sim, estamos todos em crise no sentido de transição. Desta forma, você pode transitar do ruim para o pior, do ruim para o melhor ou vice-versa. O medo de perder alguém é realidade, e isso nos faz pensar.

Para alguns casais, que já tinham problemas, o estresse de ter que ficar ali perto todos os dias aumentou. Por isso, é muito importante aproveitar que não tem para onde correr para ter uma conversa bem direta e franca e tudo poderá ser resolvido da melhor maneira possível.

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