Dengue: sintomas, tratamentos e prevenção

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dengue é uma doença grave e que pode matar, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Atualmente, a vacina é a melhor forma de prevenção da dengue.

Tipos de Dengue e sintomas:

Sorotipos

O vírus da Dengue apresenta quatro tipos de sorotipos, são eles:


• DEN1
• DEN2
• DEN3
• DEN4

No Brasil, existem esses quatro tipos de vírus circulantes e cada um deles é capaz de manifestar a doença com graus diferentes de gravidade. O vírus do tipo DEN1 é o que mais afeta os brasileiros. Lembrando que uma pessoa que entrou em contato com um desses sorotipos desenvolve imunidade a ele, porém contraindo a doença novamente por outro sorotipo, ela poderá manifestar-se de forma mais grave do que na primeira vez.

Veja as quatro diferentes maneiras que uma pessoa pode manifestar a Dengue.

  • Infecção Inaparente

Na infecção inaparente, a doença quase não se manifesta, pois os sintomas são confundidos com um simples mal-estar. A pessoa está contaminada, mas não chega a desconfiar que possa estar com Dengue.

  • Dengue Clássica

É a manifestação da Dengue com suas características mais marcantes: febre alta e repentina (39° a 40°) associada a dores pelo corpo e na cabeça, dor no fundo dos olhos, manchas avermelhadas na pele, podendo vir associada ou não a diarreias e vômitos.

Na Dengue clássica o paciente é observado em casa seguindo o tratamento recomendado pelo médico. Não há risco de morte!

  • Dengue Hemorrágica

A Dengue hemorrágica é a forma mais grave da doença e pode levar à morte. O seu tratamento é realizado em um hospital com acompanhamento médico.

Os primeiros sinais da doença são exatamente como os da Dengue clássica, porém, mais ou menos no terceiro dia, o doente começa a manifestar sangramentos, principalmente pelo nariz, gengivas e pele. Quando o sangramento acontece, é necessário procurar um posto de saúde ou o hospital mais próximo.

  • Febre Hemorrágica da Dengue ou Síndrome do Choque da Dengue

É a manifestação mais grave e rara da Dengue hemorrágica. É caracterizada por palidez, hipotermia, alterações no nível de consciência, taquipneia (aumento do número de incursões respiratórias por unidade de tempo, de forma anormal, gerando movimentos dos órgãos respiratórios semelhantes aos produzidos por esforços físicos violentos), alterações circulatórias como, pulso rápido e fraco, pressão baixa e taquicardia. Existe uma perda considerável de sangue devido às hemorragias, com isso a frequência cardíaca é aumentada para tentar suprir a necessidade de sangue do organismo.

Uma pessoa com febre hemorrágica da Dengue corre o risco de entrar em choque hipovolêmico, pois o coração não consegue bombear sangue suficiente para o corpo devido a sua pouca quantidade no organismo. Essa perda de sangue acontece devido às hemorragias causadas pela Dengue hemorrágica, podendo levar à morte.

Transmissão

O mosquito pica uma pessoa contaminada pelo vírus da Dengue e, após certo tempo, chamado período de incubação, o vírus alojado na saliva do mosquito estará apto para ser transmitido a cada vez que o Aedes for se alimentar.

Tratamento

Especificamente, não existe tratamento contra o vírus da dengue, faz-se apenas um tratamento sintomático da doença. É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso haja dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol.

Os sintomas da dengue clássica duram em média 7 dias, dependendo do estado de saúde do paciente antes de adoecer. Geralmente, adultos saudáveis costumam se recuperar da doença em apenas 2 ou 3 dias, pois o organismo está mais preparado para combater o vírus.

Prevenção

Tome a vacina

A vacina contra a dengue foi criada para prevenir a manifestação do vírus. Apenas uma vacina foi licenciada no Brasil, a desenvolvida pela empresa francesa Sanofi Pasteur, que é feita com vírus atenuados e é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro sorotipos de dengue existentes. Ela possui a estrutura do vírus vacinal da febre amarela, o que lhe dá mais estabilidade e segurança.

Vacinas com o vírus atenuado diminuem a periculosidade do vírus, garantindo que ele não cause doenças, mas sejam capazes de gerar resposta imunológica, fazendo com que o organismo da pessoa reconheça o vírus e saiba como atacá-lo quando a pessoa for exposta a sua versão convencional.

A eficácia da vacina na população acima de 9 anos é em torno de 66% contra os quatro sorotipos de vírus da dengue. Reduz os casos graves – aqueles que levam ao óbito, como a dengue hemorrágica e os índices de hospitalizações.

Além dela, o Instituto Butantan está testando uma nova vacina feita no Brasil. O antídoto também é feito com vírus atenuados e está na terceira fase de testes, em que um grupo grande de voluntários serão observados: dois terços deles receberão a vacina verdadeira e um terço receberá um placebo. O plano de fazer os testes agora em todo Brasil é garantir que as pessoas estudadas tenham contato com todos os sorotipos da doença.

Evite o acúmulo de água

O mosquito coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso é importante jogar fora pneus velhos, virar garrafas com a boca para baixo e, caso o quintal seja propenso à formação de poças, realizar a drenagem do terreno. Também é necessário lavar a vasilha de água do bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas.

Coloque tela nas janelas

Colocar telas em portas e janelas ajuda a proteger sua família contra o mosquito da dengue a menos que o criadouro esteja localizado dentro da residência. Por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.

Coloque areia nos vasos de plantas

Evite o uso de pratos nos vasos de plantas, pois eles acabam por gerar acúmulo de água. Há três possibilidades para evitar que isso aconteça: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia, pois ela conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que o prato se torne um criadouro de mosquitos.

Seja consciente com seu lixo

Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Essa é uma forma de garantir que eles ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, não deixe as latas de lixo destampadas.

Coloque desinfetante nos ralos

Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de dengue devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água sanitária. No entanto, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada em seu interior. O ideal é que eles sejam fechados com uma tela ou que sejam higienizados com desinfetante regularmente.

Limpe as calhas

Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os criadouros mais produtivos de dengue, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar até essas pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.

Lagos caseiros e aquários

Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de dengue deixou muitas pessoas preocupadas, porém, peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.

Uso de inseticidas e larvicidas

Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela Secretaria de Vigilância em Saúde têm eficácia comprovada, sendo preconizados por um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde.

Os larvicidas são aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate à dengue coloca nos ralos, caixas d’água, enfim, nos lugares onde há água parada que não pode ser eliminada para matar as larvas do mosquito da dengue.

Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas de nebulização (fumacê), que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o mosquito tem hábitos diurnos. Desse modo, a nebulização pode ser considerada um recurso extremo, porque é utilizada em um momento de alta transmissão, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas da dengue desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.

Uso de repelente

O uso de repelentes é um método importante para se proteger contra a dengue, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos. Recomenda-se, no entanto, o uso de produtos industrializados. Os repelentes caseiros não possuem grau de repelência forte o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo. Além disso, a duração e a eficácia do produto são temporárias, sendo necessária diversas reaplicações ao longo do dia, o que muitas pessoas não costumam fazer.

Sempre é hora de combater a dengue. Dengue mata!

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